segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ida ao Porto

Este fim-de-semana fui até ao Porto com a F. e com a C. fazer uma formação e resolvemos ir jantar ao Mar Shopping. Depois de algum tempo a pensar onde íamos pôr os nossos estômagos a sorrir de novo, - se com um grande Big Mac, se com uma tradicional Francesinha -, lá nos decidimos pelo primeiro.

Ora, como nos centros comerciais é difícil arranjar mesa para jantar e no sábado não foi excepção, a F. escolheu uma mesa para as três. Passados dois ou três minutos vem uma rapariga, que viemos a saber ter 14 anos (M.) com um menino (I.) pela mão. Eram irmãos. Ele sentou-se à minha frente. Tinha o cabelo escuro, olhos castanhos e 1.30 m, por aí. Quando se sentou, o cotovelo dele bateu na F., que estava ao seu lado e prontamente lhe pediu desculpa.

Pouco depois, aparece um rapaz mais velho que se senta ao pé deles e lhes traz refeições também do Mc Donalds. Depois de ter o belo do hamburguer diante de si, o I., que estava sentado à minha frente , leva uma batata frita à boca, dizendo:

- Eisshhh, está quente, ao mesmo tempo que manda uma grande sopradela na batata para esta arrefecer.

O adulto (P.), que se havia sentado ao seu lado, diz-lhe:

- Tem cuidado I., está uma pessoa à tua frente.

Com um ar do mais doce que possam imaginar, ouço:

- Desculpe.

Foi aí que reparei. O I. não via.

Como nós as três, mesmo depois de ter escolhido comer um belo hamburguer, ainda estavamos com a cabeça na Francesinha, resolvemos perguntar ao P. qual o melhor restaurante para provar esta especialidade. Ora, conversa puxa conversa, o I., que tinha nove anos contou-nos muitas coisas...

- Jogava futebol;
- Ía à natação;
- Sabia inúmeras raças de cães e tudo e mais alguma coisa sobre eles;
- Sabia tocar bateria;
- Fez um show de beatbox só para nós;
- Tinha muitos amigos;
- E mais, muito mais...

 
Após ter bebido a coca-cola, pediu ao P.:

- P., deixas-me sentir o cubo de gelo?
- Claro que sim, abre a mão.
- Aiiii, é frio.
- Queres pôr na boca para ver como derrete?
- Sim.
(...)
- É mesmo muitoooo frio!

E no final da conversa, diz-nos:

- Só espero que sejam muito felizes para o resto da vida como eu sou e como estou agora por vos ter conhecido!

Conclusão: Encantou-nos! Foi muito bom sentir que ele era feliz e que a M. e o P. gostavam tanto dele. Faltam-me as palavras para vos descrever este miúdo, era demais! Só vos sei dizer que ficámos para ali mais de uma hora a falar com ele.

Que sejas também muito feliz, I.! :)

2 comentários:

  1. bom...invadi este cantinho por causa de um comentário deixado num outro blogue mais conhecido. Invadi este cantinho porque o nome me atraiu, porque também eu tenho alguém "igual" a mim (mas que na verdade não é nada igual). Já o tinha espreitado da primeira vez que me deparei com "eu, que tenho alguém igual a mim" e não pude agora deixar de comentar este post que me comoveu...gostei...mexe com os sentimentos mas é reconfortante ao mesmo tempo.
    Era só isso...obrigada

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